quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Gravidade | Crítica

Gravidade | Crítica
Suspense espacial de Alfonso Cuarón encanta-se com a fragilidade e a tenacidade humanas

Érico Borgo
07 de Setembro de 2013

Gravity
EUA, Inglaterra , 2013 - 90 min
Ficção científica

Direção:
Alfonso Cuarón

Roteiro:
Alfonso Cuarón, Jonás Cuarón

Elenco:
Sandra Bullock, George Clooney, Eric Michels, Basher Savage, Paul Sharma

Um ensaio milionário sobre solidão, fragilidade e autocontrole. Este é Gravidade (Gravity, 2013), novo filme do diretor mexicano Alfonso Cuarón.


A ficção científica se passa no espaço, na órbita terrestre, a 600 quilômetros de altura. Nela, uma equipe de astronautas e cientistas instala novas partes no telescópio Hubble quando chega o alerta: uma nuvem de detritos está chegando em alta velocidade à sua posição. Em minutos, toda a segurança da nave se vai - e restam apenas a Dra. Ryan Stone (Sandra Bullock) e o comandante da missão, Matt Kowalsky (George Clooney), indefesos vagando pelo espaço.

Cuarón faz aqui o tipo de filme que costuma ser visto em baixo orçamento: apenas dois personagens que precisam superar uma situação insuperável. No entanto extrapola essa ideia - normalmente uma solução criativa minimalista para uma verba apertada -, empregando-a de forma grandiloquente. E tome visuais de tirar o fôlego (especialmente em 3D), explosões em gravidade zero e longos e aflitivos planos sem cortes que passeiam de dentro para fora dos capacetes dos personagens enquanto eles discutem sua situação.


Gravidade é um deleite técnico. A alternância entre som e silêncio amplifica o drama e a trilha sonora aflitiva de Steven Price entra apenas em momentos cruciais. A animação (o filme é quase que todo em computação gráfica) é perfeita e realista e a tensão é absolutamente constante, já que não há momentos de respiro (ainda que o filme encontre um hilário em Clooney, charmoso como nunca). E Bullock dá um show como a astronauta novata que já perdeu tudo, mas que decide viver.

Esteta, Cuarón encontra no espaço e o controle milimétrico de seu set. Há cenas de beleza intensa e grande significado, como os "renascimentos" da Dra. Stone, especialmente o primeiro, em que a vemos pela primeira vez como mulher, como humana, indefesa fora da casca protetora do uniforme de astronauta.

Nas lágrimas sem gravidade, Cuarón aprecia a beleza da fragilidade humana - e sua tenacidade.

Fotos e texto retirados do site Omelete.

Opinião de Ricardo Tavares: um grande filme e um filme sufocante. Com tomadas longas, principalmente as iniciais o filme mostra a luta pela sobrevivência da Dra. Ryan Stone (Sandra Bullock) a todo momento. Este filme é a grande aposta do Oscar.








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